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Minha história

Cezar Cattani, é um profissional sempre curioso e atencioso para conhecer novas tecnologia. Meu pai Analista de Sistemas, em 1992 trouxe para casa um Computador XT 286, minha curiosidade de utilização daquela máquina, e o suporte do meu pai fez florescer a grande paixão por tecnologia.

Na mesma época fomos à casa de um amigo dos meus pais, e conheci o AMIGA não conseguia definir direito o que era aquilo, me deu a sensação que aquela máquina engenhosa e poderoso que estava em minhas mãos (XT 286) não passava de uma máquina de escrever inteligente. O AMIGA era ligado na Televisão a cores, e dava para plugar uns controles de Atari se não me engano, achei o máximo.

Depois disso corria de casa em casa com meus amigos, fuçávamos nos micros, alguns deles eram com telas verde e preto como o meu, mas tinha branco e preto, laranja e preto e finalmente um colorido, era lindo devia ter umas 32 cores.

Meu pai ficava louco porque eu já estava em um nível de curiosidade que desmontava as coisas para entender melhor, nunca fiz mecatrônica na minha vida mas sempre fucei em tudo. Realizava os upgrades das máquinas colocando memórias, HD, Diskete, instalava, desinstalava e quebrava muitas coisas. Antigamente não podia errar o lado de um encaixe e nada era colorido como hoje em dia. Mas esse foi o princípio.

Meus pais me deram uma boa criação, sempre se esforçaram para me dar recursos e custear as loucuras que eu e meus irmãos fazíamos, desde cedo ajudava meu pai a fazer fiações, mexer com a furadeira, serrote, a minha diversão era construir coisas, lembro até hoje uma caixa que montei com madeiras encontradas, e fiz um baú, com dobradiça, fecho e um cadeado. Depois pintei a caixa toda e guardava as minhas coisas mais pessoais dentro dela.

Minha mãe não se importava em gastar dinheiro com duas dobradiças, um fecho e um cadeado mesmo sabendo que aquela caixa ficaria horrível e que provavelmente em pouco tempo ia jogar fora. Essa é uma forma que depois de alguns anos percebi como me ajudou na minha formação principalmente no meu perfil autodidata. Porque quando eu queria fazer alguma coisa, eu pesquisava, lia algumas informações e o principal colocava a mão na massa.

Fiz muitas coisas, algumas que lembro como: Engenhoca para apagar a luz da minha cama, luz quando abria a porta do armário, lustre de garrafas pet, pintura, argila, silk-screen, Armadilhas e todo que se possa imaginar.

Fui aquela criança complicada, sempre bagunçando, aprontando e é claro levando muitas multas no condomínio onde morava.

Quando completei meus 7 anos fui para o escoteiro (Grupo Escoteiro Bororos), meus irmãos já estava lá fazia alguns anos por isso no primeiro dia já me apelidaram como Cattaninho, um apelido que se perpetuou por anos mesmo hoje alguns ainda me chamam pelo dominuitivo. Lembro como se fosse hoje quando saia da reunião de lobinhos e me deparei com o meu irmão mais velho o Alex lá em cima de uma árvore, finalizando a construção de uma cabana na árvore, montando um estrado de bambu, eu olhava lá para cima não entendia como chegar lá em cima e meu irmão jogou uma escada de sisal. Aquilo foi simples, mas fez uma grande definição do que se era possível montar. As coisas dependiam apenas de você mesmo, é você que determina o quanto você quer construir, elaborar e concluir. Tudo para mim foi mágico.

O escoteiro principalmente o Bororos tem um perfil de formar cidadãos com trabalhos inconscientes, quando nos davam tarefas para cumprir, regras a seguir, pessoas para coordenar, jogos valendo ponto, montagens de suas barracas, suas redes. Tudo sempre foi claro que seu conforto, sua conquista dependia apenas de você e dos seus colegas, por isso ajudar sempre o próximo ficava cada vez mais claro para mim, pois sei que indiretamente estarei sendo ajudado ou fico tranqüilo que os problemas de um amigo já estão resolvidos.

Durante o escoteiro realizei muitas viagens, muitos acampamentos, e posso dizer com bastante confiança que o fato de eu encarar um desafio de frente, se responsabilizar pelos meus atos e até pelos atos dos outros, de assumir o papel responsável e de principalmente de agir. Pois sei que agir rápido aumenta muito as chances de acerto. Tudo é fruto do meu desenvolvimento realizado no escotismo e de minha família.

Em 1997 fiz uma viagem com 2 amigos (Fábio Zander e Mauricio Esteves) fomos do Chile até a Argentina de bicicleta (1.200km), eu como sempre o mais novo da turma. Realizamos um planejamento da viagem 1 ano antes, foram feitos diversos contatos e bastante pesquisa, conseguimos realizar a viagem com o apoio de algumas empresas que nos custeou quase 100% da viagem. Durante toda a viagem apreendi muitas coisas, conheci muitos lugares, mas teve uma lição que marcou a minha vida.

Três dias antes de chegar ao destino final depois de 37 dias pedalando, já tínhamos passado pelo período de calejamento da bunda, não sentíamos mais dor nas pernas, já estávamos forte e resistentes apesar de estar em um trecho da Patagônia no meio do nada. Me deu aquela sensação de chegar logo ao final da viagem, estava cansado então comecei a acelerar o máximo que podia, não queria parar por nada mesmo que precisa-se passar 24 horas pedalando, eu queria chegar no final.
Após algumas horas, parei fiquei preocupado com Mauricio e Zander que ficaram para trás, esperei por muito tempo depois fiquei sabendo que apesar da minha acelerada tinha furado o pneu de uma das bicicletas. Mas neste dia estendi a pantorrilha e isso me fez pedalar durante 2 dias com uma perna pela simples burrice de não entender que tudo tem seu tempo, tudo tem seu planejamento que mesmo que chegássemos 1 dia antes não íamos para casa antes. O avião não ia sair antes.

Neste momento entendi a importância de seguir um planejamento, acompanhar indicadores, saber como esta o desempenho acelerar os processos quando possível e vantajoso mas pensar bem antes de qualquer ação desesperada e desnecessária.

Hoje sou um profissional formado, passo constantemente por novas experiências e isso faz de mim uma pessoa cada vez melhor. Agradeço sempre a todos que de alguma forma direta ou indireta fazem e fizeram parte da minha vida.

27/07/2009 – Cezar Cattani

1 comentários:

walss disse...

Ser o primeiro a comentar no blog de um cara como você, é um verdadeiro privilégio. Companheiro leal e sem sombra de dúvida um parceiraço pra quem procura desenvolver um projeto com ele. Juntos, enfrentamos o desafio de comandar a organização e realização de um projeto. Criativo e realizador, ponderado e sagaz, este é Cezar Cattani. Admiro sua força de vontade e este seu espírito de aventureiro. Com seu jeito tranquilo sabe onde quer chegar e sabe como fazer. Assim como tudo na vida, a faculdade também chegou ao fim e nossas vidas seguiram seus rumos, mas a admiração pela excelente pessoa que tu é, é o que nos faz continuarmos amigos. Parabéns pela pessoa magnifica que vc é. Espero reencontra-lo para juntos devorar aquela pizza e tomar aquele choppinho.

Abraços

Walter (Batata)

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