ANÁLISE DO MERCADO: INTRODUÇÃO - TENDÊNCIAS DO MERCADO - CONCORRÊNCIA DIFERENCIAL DA CONCORRÊNCIA - TAMANHO DO MERCADO MERCADO PROMISSOR |
A forte desaceleração da economia brasileira em novembro e dezembro não foi suficiente para comprometer o desempenho do mercado publicitário no ano de 2008. Fechados os números do Projeto Inter-Meios relativos a 2008, o total de investimento publicitário registrou crescimento de 12,8% em relação a 2007, chegando a R$ 29,4 bilhões (ou US$ 16,2 bilhões). O cálculo já inclui as verbas destinadas à produção de peças publicitárias.
Se descontada a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, usado pelo governo para fixar a meta de inflação anual), o crescimento real foi de 6,7%. Com esse resultado, o mercado brasileiro passa a figurar entre os cinco maiores do mundo, ao lado dos Estados Unidos, Japão, Alemanha e Reino Unido (considerando-se os dados referentes a 2007 sobre o mercado publicitário mundial, de acordo com relatório da ZenithOptimedia).
O Projeto Inter-Meios mede os investimentos feitos em mídia pelos anunciantes, a partir de dados fornecidos pelos próprios veículos, que informam aos auditores da PricewaterhouseCoopers seus números de faturamento. Atualmente participam do projeto 399 empresas de comunicação, que recebem cerca de 90% das verbas investidas em mídia no País. A partir daí é calculado o valor dos 10% restantes e acrescido o investimento na produção das peças publicitárias, estimado em 19% do bolo publicitário total.
A Olimpíada de Pequim e as eleições municipais, aliadas ao bom desempenho da economia ao longo de dez dos 12 meses do ano, foram os principais fatores que contribuíram para o resultado positivo. Vale destacar que, no acumulado dos três primeiros trimestres de 2008, o mercado registrava crescimento médio de 15,8%. Os primeiros a sentir os efeitos da crise foram jornais e revistas, que apresentaram desempenho negativo já em novembro. Em dezembro, a maré vazante pegou também cinema e guias e listas, sendo que os demais meios sentiram a desaceleração do crescimento que vinham experimentando.
Para o mercado publicitário o ano passado foi ótimo, pelo menos até outubro. O meio que mais cresceu, a exemplo do que tem acontecido nos últimos cinco anos, foi a internet, com 44,2%. Em segundo lugar aparece a TV por assinatura, com 25,5%. Mas quem continua com a maior parte do bolo (58,8%) é a TV aberta, que apresentou crescimento em linha com a média do mercado. Em valores, o meio faturou R$ 12,6 bilhões no ano passado, 12% a mais que os R$ 11,2 bilhões de 2007.Com esse cenário otimista, acredita-se que o bolo online publicitário brasileiro atingirá os 10% em sete anos.
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